O respeito ao sagrado encontra-se presente ao longo de toda a história da humanidade, em todas as civilizações e culturas, e, ao ser reconhecido esse espaço divino na vida dos povos, é possível estabelecer as condições para que os lugares, as pessoas e os objetos sacros sejam realmente valorizados e protegidos.
Infelizmente, nos últimos anos, o Brasil tem presenciado, com surpresa e, às vezes, com justa indignação, uma série de ataques verbais e até mesmo físicos à Igreja Católica.
Recentemente, por razão de uma Marcha – que não merece aqui sua identificação – houve a invasão da Igreja Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no horário em que se celebrava a Missa para as crianças.
Palavras ofensivas, atitudes despudoradas, reações violentas, agrediram e desrespeitaram profundamente a sacralidade desse local e, se não tivessem agido as forças de segurança da cidade, não se poderia prever qual seriam os resultados de tamanha afronta à fé dos cidadãos católicos da nossa Cidade Maravilhosa.
A Igreja Católica é – e sempre será – uma grande defensora dos valores humanos e sociais que dão a garantia de que o Brasil, com seu caráter acolhedor, solidário e respeitador das diferenças étnicas, culturais e religiosas, continua configurando a nossa civilização e cultura aberta para todos.
O que a Igreja Católica não pode aceitar são grupos minoritários que, querendo impor na sociedade carioca a violência, a balbúrdia, o desrespeito e a agressividade verbal, acreditam estar certos nas suas formas de reivindicar direitos.
Os católicos que presenciaram essa invasão do espaço sacro da Paróquia Nossa Senhora de Copacabana, e aqueles que a assistiram pelos noticiários televisivos e pela rede social, pedem aos cidadãos cariocas que, daqui para frente, debatam seus direitos e não ofendam a Igreja, dialoguem suas ideias e não a caluniem, respeitem as diferenças de valores e não agridam com palavras e gestos a nossa Mãe, a Igreja Católica.
As religiões cristãs reconhecem no próximo um irmão e uma irmã em humanidade. Oferecem a todos a possibilidade de conhecer Deus, e isto em plena liberdade.
Assim elas contribuem à edificação de uma sociedade onde o respeito mútuo, a fraternidade e a solidariedade estão muito acima das diferenças culturais, ideológicas e até mesmo religiosas.
Oxalá o triste fato do último dia 26 de maio não volte a acontecer e que qualquer Marcha com intenção de visibilizar alguma luta social, que é digna de ser tratada, seja pacífica e, principalmente, não seja nunca mais invasora de espaços sagrados da Igreja Católica.
"O Senhor te abençoe e te guarde."